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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://www.google.com/

 

EDGAR LEE MASTERS
( U. S. A. )

 

( 23 de agosto de 1868 -  5 de março de 1950)

Edgar Lee Masters era advogado, poeta, biógrafo e dramaturgo americano.

É um dos marcos do modernismo literário nos Estados Unidos. Cada poema tem por título o nome de uma pessoa, e resume sua vida, é seu epitáfio.

Ele é o autor de Spoon River Anthology, The New Star Chamber e Outros Ensaios, Canções e Sátiras, O Grande Vale, A Serpente no Deserto, Um Conto Obscuro, O Baço, Mark Twain: Um Retrato, Lincoln: O Homem e Poemas de Illinois. 

 

TEXT IN ENGLISH – TEXTO EM PORTUGUÊS

 

MARQUES, Oswaldino.  Videntes e sonâmbulos: coletânea de poemas norte-americanos.   Rio de Janeiro: Serviço de Documentação, Miistério da Educação e Cultura, 1955;  300 p.
                                                              Ex. bibl. Antonio Miranda


ANNE RUTLEDGE

Out of me unworthy and unknown
The vibrations of deathless music:
"With malice towards none, with charity for all."
Out of me forgiveness of millions toward milliions,
And the beneficente face of a nation
Shinning with justice and truth.
I am Anne Rutledge who sleep beneath these weeds,
Beloved in life of Abrahan Lincoln,
Wedded to him, not through union,
But through separation.
Bloom Forever, O Republic,
From the dust of my bosom!


LUCINDA MATLOCK

I went to the dances at Chandlerville,
And played snap-out at Winchester.
One etime we changed partners,
Driving home in the moonlight of Middle June,
And then I found Davis.
We were married and lived together for seventy years,
Enjoying, working, raising the twelve children,
Eight of whom we lost
Ere I had reached the age of sixty.
I made the garden, and for holliday
Rambled over the fields where sang the larks,
And by Spoon River gatheringa many a shell,
And many a flower and medicinal weed —
Shouting to the wooded hills, singing to the green valleys.
At ninety-six I had lived enough, that is all,
And passed a sweet repose.
Wha tis this I hear of sorrow and weariness,
Anger, discontent and drooping hopes?
Degenerate sons and daughters,
Life is too Strong for you —
If takes lijfe to love Life.


THE HILL

Where are Elmer, Herman, Bert, Tom and Charley,
The weak of will, the Strong of arm, the clown, the boozer,
the fighter?
All, all, are sleeping on the hill.

One passed in a fever,
One was burned in a mine,
One was killed in a brawl,
One died in a jail,
One feel from a bridge toiling for children and wife —
All, all, are sleeping, sleeping, sleeping on the hill.

One died in shameful childbirth,
One of a thwarted love,
One at the hands of a brute in a brothel,
One of a broken pride  in the search for heart´s desire,
One after life in far-away London and Paris
Was brought to her litlle space by Ella and Kate and
Mag —
All, all, are sleeping, sleeping, sleepinga on the hill.

Whera are Uncle Isaac and Aunt Emily,
And old Towny Kincaid na Sevigne Houghton,
And Major Walker who had talked
With venerable men of the revolution?  —
All, all, are sleeping on the hill.

They brought them dead sons from the war,
And daughters whom life had crushed,
And their children fatherless, crying —
All, all, are sleeping, sleeping, sleeping on the hill.

Where is Old Fiddler Jones
Who played with life all his ninety years,
Braving the sleet with bared breast,
Drinking, rioting, thinking neither of wife nor kin,
Nor gold, nor love, nor heaven?
Lot he babbles of the fish-frys of long ago,
Of the horse-races of long agoo at Clary´Grove,
Of what Abe Lincoln said
One time at Springfield.

 

MY LIGHT WITH YOURS

When the sea has devoured the ships,
And the spires and the towers
Have gone back to the hills,
And all the cities
Are one with the plains again,
And the beauty of bronze
And the strength of steel
Are blown over silente continents
As the desert sand is blown —
My dust with yours forever.

When folly and wisdom are no more,
And fire is no more,
Because man is no more;
When the dead world, slowly spinning,
Drifts and falls through the void —
My light with yours
In the Light of Lights forever!


TEXTO EM PORTUGUÊS


ANNE RUTLEDGE

Saem de mim, sem valor e desconhecidas,
Vibrações de uma música imortal:
"Sem maldade para ninguém e caridade para todos."
Saem de mim o perdão de milhões
E a fronte benévola de uma nação
Resplandecente de justiça e verdade.
Eu sou Anne Rutledge e aqui durmo debaixo desta relva.
Fui, na vida, a bem amada de Abraham Lincoln,
Com ele casei-me, não pela união
Mas pela separação.
Florescei para sempre, Ó República,
Brotando do íntimo do meu peito.

                       Tradutor ignorado.


LUCINDA MATLOCK


Fui aos bailes de Chanterville,
E joguei cartas em Winchester.
Uma vez trocamos de par
Ao regressar a casa ao luar, em meados de junho,
E então encontrei Davis.
Casamo-nos, trabalhando, criando doze filhos,
Oito dos quais perdemos
Antes de eu chegar à idade dos sessenta anos.
Fiava, tecia, cuidava da casa, tratava de doentes,
Cuidava do jardim e, como férias,
Vagueava pelos campos onde cantavam as cotovias,
E pela beira do rio Spoon colhendo inúmeras conchas,
E inúmeras flores e ervas medicinais —
Gritando para as colinas cobertas de mata, cantando
para os verdes vales.
Aos noventa e seis tinha vivido bastante, isso é tudo,
E alcancei um suave repouso.
Que é isto que me dizem sobre tristeza e fadiga,
Cólera, aborrecimento, esperanças que se desfazem?
Ó filhos e filhas degenerados,
A vida é forte demais para vocês —
É preciso uma vida para amar a Vida.

 

                                              Tradução de Jorge de Lima.

A COLINA

Onde estão Elmer, Herman, Bert, Tom e Charley,
O irresoluto, o de braço forte, o palhaço, o ébrio,
o guerreiro?
Todos, todos, estão dormindo na colina.

Um morreu de febre,
Um lá se foi queimado numa mina,
O outro assassinado num motim,
O quarto se extinguiu na prisão,
E o derradeiro caiu de uma ponte quando trabalhava
para a esposa e os filhos —
Todos, todos, estão dormindo, dormindo, dormindo
na colina.

Onde estão Ella, Kate, Mag, Lizzie e Edith,
A de bom coração, a de alma simples, a alegre, a
orgulhosa, a feliz?
Todas, todas, estão dormindo na colina.

Ella morreu de parto vergonhosos,
Kate de amor contrariado,
Mag nas mãos de um bruto num bordel,
Lizzie ferida em seu orgulho à procura do que quis seu
coração,
E Edith, depois de ter vivido nas distantes Londres e Paris,
Foi conduzida a seu pequeno domínio por Ella e Kate e
Mag —
Todas, todas estão dormindo, dormindo, dormindo na
colina.
Onde estão o tio Isaac e tia Emily,
E o velho Towny Kincaid e Sevigne Houghton,
E o Major Walter que conversara
Com os veneráveis homens da revolução? —
Todos, todos, estão dormindo, dormindo dormindo na
colina.

Onde está o velho violinista Jones
Que brincou com a vida durante noventa anos,
Desafiando as geadas a peito descoberto,
Bebendo, fazendo arruaça, sem pensar na esposa, nem
na família,
Nem em dinheiro, nem em amor, nem no céu?
Vêde! Fala sobre os cardumes de peixes de antigamente.,
Sobre as corridas de cavalo, outrora, em Clary´s Grove,
Sobre o que Abe Lincoln disse
Uma vez em Springfield.

                                                

 MINHA LUZ JUNTO À TUA

Quando os barcos tiverem sido devorados pelo mar,
E os pináculos e torres
Voltarem às colinas,
E todas as cidades
Se unirem com as planícies outra vez,
E a beleza do bronze
E do aço a força
Sejam dispersos sobre os continente silenciosos,
Como se dispersa a areia do deserto —
Meu pó junto ao teu para sempre.

Quando o desatino e a sabedoria não mais existirem,
E se tenha o fogo extinto,
Porque não mais existe o homem;
Quando o mundo morto, lentamente girando,
Se deslocar à toa e tombar no vazio —
Minha luz junto à tua
Na Luz das Luzes para sempre!

Trad. de Breno Silveira

*



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